domingo, 13 de março de 2011

Ganbatte kudasai!!!

Curiosamente, há um tempo, estava lendo uma matéria sobre o Japão que, apesar de toda modernidade e acompanhar as tendências internacionais, permanece com atitudes tradicionais, talvez até ultrapassadas. Digo isso porque uma matéria dizia que jovens formados estavam saindo do país em busca de melhores oportunidades, pois os japoneses sempre valorizam primeiro os mais velhos. Dessa forma, acredito, não é possível obter crescimento econômico, somando ainda as fortes limitações de recursos que o Japão possui. Nisso, há pouco tempo, foi anunciado que a China tornou-se a 2ª potência com o crescimento do seu PIB mesmo, contudo, apresentando seu desempenho vergonhoso quanto à renda per capita, dado à alta disparidade social/econômica. Nesse cenário, imaginei que o Japão pudesse, cada vez mais, acabar perdendo seu posto de potência.

Nessa semana, as principais manchetes traziam notícias do desastre do terremoto seguido por um Tsunami no Japão. Quando fiquei sabendo do terremoto, imaginei que teria pouco impacto, bem como número de vítimas e que é fato: a tecnologia empregada pelos japoneses na construção de prédios e edifícios foi de grande importância para que não houvesse mais vítimas. O “ponto fraco” foi o fato de não existirem pesquisas/tecnologias de se reduzir os impactos de um Tsunami. Os organismos japoneses agiram rapidamente anunciando o risco do Tsunami que, à essa hora, já vinha à 700 Km/h em alto-mar e, na costa, ganhou altura com a redução da velocidade. As cenas, que provavelmente o mundo todo viu, são arrasadoras, inexplicáveis e que deixa bem nítido o quanto somos frágeis perante a natureza.


Muitos desastres naturais têm sido reportados nos últimos anos e talvez a tendência seja aumentar. Não acredito em “profecias maias”, mas acredito que tudo é uma resposta às nossas atitudes (ou a falta dela). Como conclusão de curso de bacharel em Administração Geral, apresentei uma oportunidade na transformação de um resíduo em bens consumíveis. Nesse último ano, em meu novo emprego, tenho a oportunidade de lidar com todo o sistema da Gestão Ambiental e desejo esse ano fazer minha pós sobre isso. Acredito que o Brasil e o mundo, cada vez mais, precisam atentar para essas questões ambientais, conciliando o desenvolvimento com a proteção ambiental de forma geral.
Alguns povos, como o nipônico, conhecem bem o sentimento de perda, do “recomeçar”, principalmente países arrasados por guerras, como a Alemanha, Itália, França... Acredito até que o Brasil não é sempre rígido com o seu desenvolvimento e nacionalista por não ter passado por dificuldades semelhantes... O Japão conhece bem esse sofrimento e, com muita esforço, dedicação, disciplina etc, certamente superará mais essa barreira!

"Mesmo que meu corpo apodreça nos campos de Musashi, não me arrependerei, pois o espírito japonês viverá para sempre!"